sexta-feira, 10 de agosto de 2007

É muito interessante

a coincidência entre a côr que reina no olival e a côr que reina nos estandartes desportivos das outras ruas, neste blogue.
Não me levem a mal, na realidade fica muito melhor do que se fossem doutra.

Corriamos o risco de parecer um blog abichanado.

Consegui ou não?

Acho que estou a blogar. Vou confirmar.

allô, daqui Fulacunda, queira fazer o favor de dizer

Acabou de me telefonar o moçâmedes, quase irado, a refilar que já lá tinha deixado um post e que aquilo não apareceu, e porque é que não, e que assim da próxima não valia a pena convidá-lo, e que se era assim então…

Durante 15 minutos ainda tentei explicar-lhe a diferença entre um post e um comentário

Espírito de antigamente nada, vossemecês deram o mote e...

... seria anacrónico falar da psicanálise temporal que para aqui se está a desenhar, mas... se queres falar de bofes?

ena c'um caneco! (que isto vai de mal a pior)

Onde me vim eu meter!? Oh Bolama, dá-me ideia que aí o Benguela veio directamente do frágil teu post aí de baixo para aqui. Isto de repente ficou assim a dar ares de ‘bons velhos tempos’, quando um gajo se via atrapalhado para traduzir aquilo que de chofre os bofes do Benguela deixavam escorregar para o lado de fora. Ah grande Benguela, que bela inauguração, assim com esse espírito de antigamente!!

Catarse

Bom… se é urgente… lá vai….

A catarse, mediante uma série de casos que suscitam o emborcar cerveja com bagaço, tem por efeito, quer dizer, alivia e purifica a alma. Por conseguinte, O “Sai já uma rodada de pontapés..." é prazer, é desafogo, é alivio, é libertação daquela compaixão que, retida antes e como congelada entre as sombras de um par de tomates tomados pelo destino, irrompe naquele momento e exulta frente ao irreparável.

Na realidade, a cultura do “pontapé na cona”, com a qual se identificam catarses poéticas e musicais de radares olivalenses, poderá ser aqui apresentada como uma operação orgiástica, mediante a qual as porcalhonas e os porcalhões encontraram desafogo para as suas paixões (a orizicultura “doce”, portanto) e, em consequência disso, andava tudo bêbado, aliviado e alegre. trá, lá, lá, ri, la, rá...

… Frágil, sitio onde a concentração da atenção na palavra “supositório”, levou a que muito boa gente hoje em dia se exprima paradoxalmente em relação ao conceito de prazer próprio. Dai a saudável debanda dos “gajos que são sempre a mesma merda” para os Pastores. trá, lá, lá, ri, la, rá...


Da Alvorada a Madrugada.

(Homenagem a Venancio e Vilao, cronicos vencedores da Taca Joao Pacheco)

pergunta-se aqui

"então e sobre as gémeas? ninguem escreve nada?"

(continuamos mal)

Tu viste o post que eu tinha aqui em rascunho! "outros bairros", pois 'tá bem! Agora nem post, nem sequer título para ele tenho já.

noutros bairros

Eu também gostava de ir à festa no Frágil, mas chego 10 dias depois. Não sei é se gostariam de me ter por lá. Claro que não me apresentaria sozinho, chegaria com grupo de fundadores, retirados da naftalina. Passaríamos primeiro pela Tasca Azul (essa que os parvenus chamam, literais, Arroz Doce) onde beberíamos, a desafio da velha Alice que a Rosa já lá não deve estar, umas rodadas valentes de "pontapés na cona" (como da última vez que lá entrei, 1994, natais, mais de 10 anos depois de lá ter ido pela última vez, rodeado nesse dia de 7 sobrinhos "a mostrarem-me o Bairro Alto", e logo a ex-tia aos gritos ao ver-me a assomar à porta, "óóóóó homem!!!!, há quantos anos!!!! Sai já uma rodada de pontapés ..." para o balcão, e os sobrinhos e as sobrinhas a olhar para mim, esgazeados, que à espera de tanto, apesar do tudo, não estavam. Nem eu, confesso, num esgar de "ixe, que bandeira". A desse dia, mas acima de tudo que grande estendal devia(mos) ter feito in illo tempore.

Se tivessemos tempo iríamos depois ao Estádio ver os putos (mas só por ir, por ser dia de refazer velhos trajectos, que aquilo para além do quadro nunca teve nada), desceríamos ao B'artis ver a Paula, dado que o Judeu se ausentou de vez, resmungaríamos que o raio do Targus é uma merda a querer-se chic (malditas cadeiras, raio de jornalistas enfatuados amais os publicitários), rir-nos-íamos dos tempos de um tal de Juke Box/Rock House ou vice-versa que já não lembro, coisas até de acabar por lá, enquanto detestaríamos a Tertúlia a não ser as tostas, recusaríamos o cinéfilo do Majong e nem os matrecos jogaríamos, lamentaríamos o já não dos Lábios do Vinho (esta é de conhecedor veterano), fumaríamos umas coisas estranhas junto de vários caixotes de lixo da Diário de Notícias ou adjacentes, contestaríamos o estado lamentável do BA de hoje e das novas gerações, coisa sem jeito, aportaríamos aos Pastorinhos (reaberto, disseram-me os tantans) à procura do Eduardo e do Hernâni que não sei se ainda andam por lá, beberíamos ainda mais cálices de rajada, interromperíamos a noite para ir picar o ponto ao Frágil, interrogarmo-nos sobre o raio de porteiro que não tem, decerto, a pinta do Alfredo. Se nisto tudo ainda estivessemos de pé alguns dos meus amigos assumiriam, histriónicos, pérfidas identidades bloguísticas (de falsos barnabés ao terceiro anel tudo seria de esperar) e destruiriam a minha parca reputação no bloguismo. Logo depois, quais Bijagós, regressaríamos mal-vistos (que os gajos dos Olivais "são sempre a mesma merda") aos Pastores ouvir o melhor funk do mundo (será ainda assim?).

Nisto tudo ainda bem que não estou aí para o tal encontro. Porque não há fígado e coração para tanto? Nada disso. Apenas porque há que saber sair com dignidade, ainda no apogeu. Dar lugar aos novos. Com a nostalgia de que no nosso tempo é que era. Mirando(-as) de soslaio

esclarecimentos (começamos mal)

Gostaria de deixar claro que, embora partilhe o blog e até parte da infância com o autor do post anterior, eu nunca tive amigos desses aí como o texto conta. A minha rua distava pelo menos uns 200 mt e nós vivíamos em chalés da caixa moradias respeitáveis, deve ter sido por isso.