segunda-feira, 17 de março de 2008

Fula, apetecia-me algo

Há uma semana e tal que me sentia outro por dentro. Pensei que era desta espécie de primavera. O sol de Março a rebentar. Mas depois veio aquele céu farrusco e eu continuei a sentir-me inexplicavelmente feliz. Não sei se já vos aconteceu. Eu sei que com a tristeza é frequente. Um tipo acorda e sente uma espécie de azia no espírito, não sabe de onde vem (nem para onde vai) a amargura. Agora com a alegria não. Com ela é raro um tipo deitar-se a adivinhar de onde ela vem. Venha de onde vier é bem vinda. E que fique, que assente arraiais, monte tenda. Alegria, alegria. Nunca é demais. Venha com razão ou sem ela. Aliás, nem precisa delas. Foi por isso que estranhei esta necessidade de algo mais na vida do olival. Só hoje, ao desfraldar a página desta Olivesaria a encontrei nua, despida. Faltava-lhe, algo, Fula.

nos escombros de uma festa



Encerradas as festividades cumpre agora agradecer a amável presença de todos aqueles que, apesar dos problemas geriátricos que certamente os afligem, não quiseram ainda assim privar-nos da sua presença naquela arena de amizades. A ribalta iluminou-se. A festa cumpriu-se. Nós amigos continuamos, sempre. (... agora um breve momento para enxugar a lágrima, antes de prosseguir).

Por nos termos tido por testemunhas, e porque as coisas qu’importam são para se clamar bem alto, queríamos ainda enaltecer a simpatia que ainda ostentam os encanecidos amigos (mesmo aqueles que continuam com um feitio impossível de aturar mas que ainda assim o sabem manifestar com algum charme) e o resplendor de beleza que vai cintilando cada vez mais incandescente em redor das nossas mulheres e amigas.

Posto isto, e em jeito de rescaldo, pretende-se ainda anunciar-vos que o último balanço das matérias-primas dava os seguintes itens para abate:

• 120 garrafas de cerveja
• 9 garrafas de vodka
• 2 de gin
• 7 de wisky
• 3 de vinho tinto
• 6 lt sopa
• 16 garrafas de água
• 6 lt de sumo de laranja
• 4 de sumo de limão
• e 4 lt de água de castelo

Registe-se portanto um consumo comedido, de todo abusado, o qual permitiu confortar um sóbrio grupo de cerca de 70 cidadãos. A lamentar talvez, e porque nada mais haverá a apontar, o despropósito do elevado consumo de águas e sumos, pois que para o mesmo não se alcança justificação que o promova e o vodka circulante não era assim tanto.

Endossado ainda nesta parte dos salamaleques lanço-os agora, assim os estendendo em efusivos agradecimentos, até à insigne empresa italiana de catering e organização de festas: Picci & Picci, pelo profissionalismo, simpatia e empenho com que se dedicaram ao evento. Sim, que não basta servir, é preciso que haja trato, e esse, assim vestido cortês, só alguns o sabem ter.

Por último, e num registo mais privado de que ouso aqui lançar abuso, queria endereçar as minhas derradeiras palavras a um destinatário especial: o senhor do casaco de veludo cotelê !!! Caro senhor, as minhas humildes desculpas pelo entorno. Bem sei que não vale a pena agora chorar sobre o vinho derramado, perdão, sobre o leite, queria dizer o leite derramado, mas não posso deixar de lamentar a minha má sorte assim a manchar uma tão bela noite, oops, um tão belo casaco, que sim, foi disso, desse seu que se tratou a mancha, ainda que prontamente sacudida e aplanada por mim.

Ah, e por falar em desastres, o Bengas pergunta se alguém lhe saberá indicar uma boa casa de informática, dessas que saibam tirar cerveja de dentro de portáteis.


Via sms o Casal Manafá pediu-me para aqui referir o seu lamento por não ter podido estar presente na festa olivalense, como era seu arreigado propósito. Foi-lhes impossível encontrar uma baby-sitter para o sábado passado - a habitual adoeceu à última hora. Em particular o caro Manafá salienta a sua tristeza por não ter podido agradecer pessoalmente ao distinto João Belo a simpática homenagem que este aqui lhe prestou, até excessiva segundo ele próprio refere. Os Manafás prometem estar presentes na próxima iniciativa festiva do Olivesaria.

Bem hajam, caros Manafás.