E cá está. Não sei se foi por influência cinematográfica do Jorge António que também passou por aquela noite, o filme, mesmo sem orçamento, fez-se. Em MP4, que é o formato da maior parte dos telemóveis e depois baixando o Pazera Free MP4 to Avi Converter 1.2 para podermos trabalhar estes ficheiros no Windows Movie Maker que já vem com o Windows ( Atenção: Quando convertemos para Avi os ficheiros ficaram sem imagem, só com o som. Deve-se converter para a outra opção disponível, MPG. ) . O bloguer está a aceitar até 100 MB por filme, o que é uma margem muito confortável. Fica o desafio para todos. A escrita de palavras nem sempre é o melhor meio de nos reencontrarmos. Peçam as vossas identidades de volta. Timor, queremos ver o Big Ben! Bolama, dá-nos um pouco da ilha de Moçambique, por favor! Rapariga que veio da província, Beira, não nos emprestam um pouco desses lugares bucólicos com oliveiras, nespereiras, alecrim, para refrescarmos os olhos cansados do cimento cinzento?
Os blogues são como os gatos. Vadios e com muitas vidas. As nossas vidas. E nós precisamos de um lugar para nos encontrarmos. Para encontrarmos o bairro, as suas imagens, que nos habitam. Já depois de termos saído da Casa da Mariquinhas fomos encontrar o Barão dos Olivais que quase julgámos tratar-se da verdadeira identidade da misteriosa Maria Correia, pela simpatia com que falou deste espaço. Afinal há mais gente para quem este lugar ainda faz sentido. Vamos lá, malta! Este espaço precisa de nós tanto como nós precisamos dele. Lembram-se quando pela sorrelfa da noite entrávamos pela nossa própria casa como se fossemos assaltantes e íamos buscar as chaves do carro da família, ou comida ao frigorífico, ou cigarros do maço de tabaco dos nossos pais, e descíamos até ao muro da entrada dos nossos prédios para prolongarmos um pouco mais a alegria de estarmos uns com os outros? Vamos fazer isso novamente. Não tenham vergonha! Entrem à sucapa nos quartos dos vossos miúdos e "peçam-lhes emprestados" os telemóveis 3 G com máquina de fotografar e filmar e saiam para a rua para serem os repórteres da Olivesaria. Este pequeno vídeo é apenas uma brincadeira entre amigos que gostam de se rirem uns com os outros e de si mesmos. Há tanta coisa que se pode fazer para trazer para aqui o bairro ao vivo e a cores. Uma entrevista. Uma conversa. O fado da Olivesaria.