Eu tinha prometido uns posts atrás contar a minha versão da confirmação do Bolama como verdadeiro intelectual. Como de costume, estou com pouco tempo e tenho pressa pois é quase meia noite e esta história tem de ser hoje. Aqui fica uma versão abreviada: em 1985, um grupo de jovens olivalenses passou o mês de Agosto na Escócia, perto de Inverness, na senda de outros olivalenses idos em anos anteriores, como o Draivimpe e o Belizinho. Uma seca a trabalhar numa quinta de framboesas, nós na parte de selecção e empacotamento por sermos estudantes universitários e poupados assim ao muito pior trabalho da apanha. E a ouvir radio 1 o dia todo (aquela música do Angel ainda hoje me persegue). Estavamos acampados com o resto do pessoal e considerados excêntricos e finórios por termos três tendas, cozinharmos e tomarmos banho todos os dias (pelo menos as meninas). Acabado o mês de trabalho, tinhamos planeado arrancar (lindo verbo) até Barcelona, mas ainda tivemos tempo de ir passear a Inverness, onde eu tirei esta fotografia. Pois o Bolama desapareceu enquanto nós visitámos o castelo e as lojas, e procurávamos algum sítio onde beber café. Quando horas mais tarde nos re-encontrámos neste jardim, o Bolama tinha gasto o dinheiro quase todo a visitar os alfarrabistas e livrarias de Inverness - atentem em parte do espólio à direita da fotografia, por trás do A. E assim foi: o Bolama ficou pela Escócia na penúria, à procura de boleia para regressar mais os seus livros e com alguns dos nossos pertences que generosamente lhe deixámos, e nós apanhamos uma camioneta até Barcelona. Podem ver pela fotografia que estava bem feliz com a proeza. Beijos Bolama, espero que tenhas passado bem o dia.
A Vespa e a Gestão
Há 2 dias