quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Natal no Roma
Fim! Soava por aí, nisso das famílias já descendentes. Tudo apertava nas quadras, as festas natalícias então ainda mais, apelando ao jovial responsável entre filhozes e filhotes. Renitentes, alguns defendiam-se como podiam, e não era muito. Em véspera de Natal combatiam como se em Estalinegrado, tasca a tasca, copo a copo. Caindo a tarde ao ocaso fechava-se o Pinto, já barris e garrafas meio cheios ou vazios, corriam, no lesto de já trôpegos ao "Tó" talvez já Arcadas para mais uns "por favor ..., temos que fechar". E aí, astro-rei já mergulhado, fugiam, atrasando consoadas e adulteses, refugiando-se no último palco
umas rodadas valentes ao café Roma, frequência só desse dia, fingindo ali a verdadeira festa, sem criancinhas, essas pestes, sem pai natal, sem farófias, que os doces eram etílicos, os palavrões muitos e as zangas e amuos, essas de qualquer família que se preze, ali ausentes tal como as tralhas das prendas da obrigaçãoe os empregados já, do hábito do ano-a-ano, num "estávamos a ver que não vinham este ano". Copo a copo lá iam eles desistindo, rabo entre perna saindo rumo à respeitabilidade. Um dia o Roma, feito fronteira de um olivalismo afinal imperialista, fechou. E algo se quebrou.
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