domingo, 7 de outubro de 2007

Licor de nozes verdes



Partir 60 nozes. Misturara 1 l de água destilada, 1 l de álcool a 90º, 20 g de noz moscada, 5 g de cravinho. Juntar as nozes e deixar macerar durante meses. filtrar e acrescentar 1 kg de açúcar.

A água corre para o mar, e as coisas para o seu natural.



ISO ... olivais & brussels



Na sequência da atribuição do ISO 9000 ao bairro dos Olivais ( noticia entrada um scrollzinho abaixo ), o ACEPAQT ( Alto Comissariado Europeu para a Americanização a Quem a Trabalha ) reuniu em Bruxelas de molde a prolongar os festejos, nas instalações da CPIEE ( Comissão Para a Igualdade Entre Etnias ) onde habitualmente se realizam os casórios de três dias, tipicos entre a comunidade cigana e cuja familia belga inclui um elevado número de originários dos Olivais, reunião essa onde os diferentes Comissários decidiram aplaudir o exemplo do castiço bairro lisboeta ! Para tal, rezaram em unissono ao tal de Wesley ( em flamengo, noblesse oblige !! ), pediram ao Mambo que estudasse uma filial também lá para aqueles lados ( apenas e só se o consultório Mãe na zona dos produtos naturais entre a Bafatá e a Catió lhe permitisse alguma disponibilidade! ). No fim, e em ambiente de total integração fumaram-se uns cigarros trazidos pelo Presidente da Junta sob homenagem. Após a fumança, sairam em peregrinação motard, que a avaliar pelo aspecto dos veiculos, com peças de origens marcadamente globalizantes, deve ter tido o apoio ou dos Chineses ou da Benetton belga ela mesma!

Por ser verdade e me ter sido pedido, e por ser assim que qualquer documento tem de acabar para parecer genuino...

Voulixarous Estesgajous
Comissário Grego de Dois posts Abaixo

Genesis

"I know what i like, and i like what i know"

Selling England by the pound

Olivais Sul com certificação ISO 9000

Grande júbilo, invadiu ontem as ruas do bairro lisboeta Olivais Sul. Após o processo instaurado pelo comissário grego Voulixarous Estesgajous em Bruxelas, as autoridades olivalenses meridionais viram finalmente aprovada a certificação ISO 9000, assegurando assim o fim das idiossincrasias desta zona, patentes nos seus actuais e antigos habitantes. Evitam assim, que se transmita às futuras gerações, o sentimento de orgulho e comunhão espiritual aqui existente.
As autoridades locais organizaram um conjunto de festejos dos quais destacamos a actuação da prestigiada Banda Filarmónica da SFUCO – Sociedade Filarmónica União Capricho Olivalense – conduzida pelo seu maestro Luís Nogueira Rêgo.
Em declarações à comunicação social, o Presidente da Junta de Freguesia, José Manuel Rosa do Egipto, deu conta da principal dificuldade em todo o processo de normalização:
- O mais complicado, foi o condomínio fechado. Os promotores imobiliários que contactámos, pretendiam construir edifícios de baixa volumetria e foi com grande dificuldade que conseguimos convencer um construtor de que se já tínhamos o Lateral Park, deveríamos ter também a nossa Olinhattam de edifícios bem apertadinhos.
Entre serpentinas e fogo de artifício foi organizada uma visita pelos diversos equipamentos cuja existência tornou possível a obtenção do tão almejado certificado.
Símbolo de universalidade e multiculturalismo foi visitada a LOJA DO CHINÊS no cruzamento da Rua Aleixo Corte Real e da Rua Vila Catió, assinalando assim a presença dos Olivais na linha da frente do processo de globalização.
Em direcção a norte, pela Rua Cidade da Praia mais exactamente no nº 364 A, foi apresentado aos visitantes um dos maiores factores de orgulho da comunidade olivalense, algo ansiado à décadas e que finalmente foi possível instalar na freguesia, a IGREJA METODISTA WESLEYANA. No mesmo local onde, durante anos funcionou um mercado de produtos naturais (umas vezes mais naturais, outras um pouco mais traçados, mas enfim!) mundialmente conhecido como GORDO. Foi sublinhado no entanto, pela entidade certificadora que, a prazo, será recomendável a instalação também, de uma filial do consultório do PROF. MAMBO.
Na sessão solene, que decorreu no Centro Comercial dos Olivais (patrocinada pela Mundicenter), juntaram-se no palanque construído para o efeito (patrocinado pela Mundicenter) autoridades locais, nacionais e europeias, bem como um representante da Quinta Pedagógica dos Olivais, no caso um bonito papagaio, de modo a não se notar qualquer diferença na hora dos discursos dos políticos.
O Presidente da Junta, último representante do Movimento de Resistência à Construção do Centro Cívico dos Olivais, congratulou-se pela conquista definitiva dos terrenos norte desse pedaço de território que se destinava no Plano Geral de Urbanização da Zona dos Olivais Sul à construção do Centro Cívico (para quem queira saber como se transformou o Centro Cívico naquela bosta (perdão, naquele objecto de modernidade) deve consultar http://www.google.pt/search?sourceid=navclient&hl=pt-BR&ie=UTF-8&rlz=1T4ADBF_pt-BRPT232PT232&q=centro+civico+olivais
A sessão foi marcada pela comoção dos milhares de olivalenses que se abraçaram e choraram no ombro de vizinhos, familiares e amigos, quando foi anunciado que finalmente nos Olivais já existem ARRUMADORES e SEMÁFOROS. Motivo de graves perturbações de personalidade, originando até a abertura de uma delegação do Hospital Júlio de Matos, esvaiu-se assim o sentimento de menoridade sentido pelos habitantes por não serem merecedores destes dois elementos de progresso já existentes em toda a restante Lisboa.




© álvaro rosendo
Plano dos Olivais Sul
Lisboa 1959

GTH: José Rafael Botelho e Carlos Duarte

"(...) surge na sequência da zona norte como uma operação mais vasta destinada a 186 hectares e a uma população de quarenta mil habitantes, igualmente promovida pelo Município. Para o efeito foi criado o Gabinete Técnico de Habitação (GTH), onde José Rafael Botelho, depois com a colaboração de Carlos Duarte, desenvolveu um plano na linha das experiências inglesas das new-towns, organizando o espaço em unidades de vizinhança e valorizando o espaço livre verde. Foi dada grande autonomia aos autores encarregues dos projectos de arquitectura, de resultou um verdadeiro laboratório de experiências, tipológica e urbanística, e um qualificado reservatório de soluções no domínio da habitação social. De um modo geral ensaiavam-se novidades programáticas centradas em engenhosas propostas de habitar, ajustando as casas aos gestos e costumes, no quadro das áreas mínimas e dos limites orçamentais da construção social. (...) os arquitectos apostaram na recriação de imagens tradicionais de sociabilidade ou vizinhança, assim valorizando os espaços comuns das áreas residenciais.
(...)"


in " Arquitectura do Século XX: Portugal", 1998
Plano dos Olivais Norte
Lisboa 1955

GEU: Guimarães Lobato, Sommer Ribeiro, Pedro Falcão e Cunha e outros

"...) desenvolvido pelo Gabinete de Estudos de Urbanização (GEU) da Câmara Municipal de Lisboa, marca o momento da adopção da Carta de Atenas em Lisboa. Situada na zona oriental, depois de Alvalade, a operação, com uma área de 40 hectares, destinava-se a albergar, em regime de habitação social com custos limitados, oito mil e quinhentos habitantes.
A concepção arquitectónica dos diferentes edifícios e equipamentos foi confiada a diversos jovens profissionais contemplando uma vasta gama de tipologias.
(...)"

in " Arquitectura do Século XX: Portugal", 1998