... de coisas que saltam para o colo, com cheiro do passado, vestidas de praia e seus bandos de adolescência, de namoros envergonhados e espreitares em biquinis, de mesas abarrotadas de imperiais e bolsos vazios de dinheiro para mais, de motos que dançam por entre carros num grito pela liberdade de um asfalto inconsciente, de balizas de pedras, de lindas raparigas, de muros pejados de vagar em esperas por nada de especial, que não fosse o próximo amigo, a cara seguinte de um mundo secreto e só nosso, em tardes assim que me levam à rua e sua magia de universo sem igual, o nosso, o dos olivais, de tantos olivais, diferentes como só uma familia pode suportar e entender .. é em tardes assim que me faz sentido o ' preto e branco ' das quadradas fotografias da kodak que um dia desgraçadamente perdi ... Por isso, talvez por isso ...
... hoje venho como alguém a quem não apetece mesmo nada deixar morrer este espaço. E se ele se basta com tão pouco, um vir aqui de tempos a tempos, somos tantos, hoje hei-de ser eu a empurrar o écran um pouco mais para baixo.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
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