Uns dizem que foi mau, outros que foi bom e... ainda outros que nem por isso.
Todos concordam no entanto que não houve infância tão marcante quanto a vivida nos Olivais.
Em que outro sitio seriamos obrigados - lembrando o JoãoBelo - desde tenra idade, a aprender a sobreviver aos “ataques” dos indígenas bairros vizinhos.
Diz a Lobita, e bem, que não morremos todos várias vezes, simplesmente porque não e que diariamente fazíamos imensos disparates apenas porque sim.
Os Olivais nasceram de uma experiência, quanto a mim, errada, de misturar todo o tipo de gentes o que veio a provocar um nivelamento por baixo, claro, de todo o gentio que por lá cresceu.
Atenção Oliveiras, não me interpretem erradamente, por baixo, não implica necessariamente mau ou errado, mas simplesmente escusado. Imensos disparates e abusos sucederam e que, obviamente poderiam ou deveriam ter sido evitados.
Em que outro sitio se poderia dar largas á imaginação durante dias (anos) a fio?
Em nenhum outro lugar poderíamos ter a liberdade que tivemos.
Enfim, estava-se mesmo a vêr que bandos de miúdos, a solta durante todo o dia ( bairro dormitório para os pais) não podia acabar bem.
O que realmente penso, é que se criou um ambiente de solidariedade, amizade e camaradagem como em mais nenhum outro. Não tentem desmontar a teia existente entre as Oliveiras.
Quem passou anos naquele activo dolcefarniente sabe que aquela é, e sempre será a sua terra.
Assim se criou o Bairro dos Olivais, grande em tamanho e grandioso nas pessoas que por lá cresceram.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
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