domingo, 20 de janeiro de 2008

Não foi bem nos Olivais, mas lembro-me da última vez que assisti a um concerto dos Xutos e Pontapés. Não tenho bela memória do evento todo -, mas Xutos são Xutos e lá avancei. Lembro-me, já bem trintão, de estar com um tipo chamado Hernâni (um "heavy", cabedal, correntes, alguma obesidade e farta cabeleira, para além da barba ainda maior do que a minha) ali à segunda fila, fazendo o X. A rapaziada à volta não percebia bem, nem a nossa diversão, nem o barulho em cima do palco - que a praga ainda não tinha levado a Zaida Lhongo, e ela é que aquecia. Lembro o espanto, no final, do Kalu "eh pá, estes tipos não gostam de rock?". Pois não ... mas também ninguém tinha perguntado a quem sabia.

Antes, ali ao fantástico Mercado do Peixe, ofereci (passe a falta de humildade de o dizer agora) um grande jantarada. O Vitorino (afinal um gajo porreiro) fez uma bela massada de peixe, eu e a Isabel R. carregámos os vinhos. Os Xutos todos juntos à mesa, nítida banda rock. O resto a misturar-se, um pouco no "quem és tu?" um outro "como é que é isto tudo?", uma conversa porreira com o Sérgio Godinho sobre o onde estávamos - óptimo, alguém com interesse pelo onde vai. O Juca santomense, noutro registo, a oferecer discos, a cair no goto à gente ...
Acabados os tintos, assim para o meio-marados, que era o que se arranjava por ali, avançámos para uma "festa privada", que é a maneira de dizer que o Andrea não estava, ido a Itália a ver a família, e assim a Nice, a "Princesa de Pemba", para aí a miúda mais bonita de Maputo e já o era em Pemba, sacana, carregou-nos lá para casa, a sermos quais teenagers, acho, ainda que a cortar-me a ser como antes.
Daquela tenebrosa semana foi o melhor. Não digo mais ainda porque eram tempos fantásticos ...

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