Por várias razões (e também bloguísticas) tenho andado fora daqui - alguma responsabilidade no silêncio que o Fulacunda lamenta. Mas há coisas penduradas: a discussão sobre o bairro que o João Belo animou - e discordo com o Fulacunda, acho perfeitamente actual falar sobre ... O problema é que o texto que ele aqui deixou é um tratado - de muita coisa, não só dos Olivais. Um tratado sociológico, político, de activismo cultural. Falar sobre ele exige tempo - está a faltar.
Depois há uma porrada no João Belo que não dei - sobre o "mandar bocas". Ou seja, sobre a censura de estilo, o espartilhar do registo de raciocínio. Aqui falta tempo mas acima de tudo dia de verve.
E há os Viveiros, que foram interrompidos.
Finalmente, como administrador. Onde estão os convidados para colaborarem? (Já nem falo de alguns caros co-bloguistas, expostos na coluna da esquerda, dos quais não há notícia)
25 comentários:
Arranjo convidados, caso seja de interesse Olivalense ! E vou ... co-blogando, com o cuidado de não saturar as gentes em leitura de post's meus !!
Bafatá
de não suturar quem bafatá? toma juízo e bloga livre, como assim fizeste no post de cima ... esplêndido!
Já é minha sina a de não concordar com o Fulacunda - e este é o problema dos blogs colectivos. Eu não concordo nada, refuto mesmo, isso de aceitarmos que o Bafatá possa, livremente (e ainda menos elogiadamente), vir para este blog suturar (leitores ou co-autores). E acho que tu não tens legitimidade para o incentivar a isso ...
Epá Bolama, acordaste com os pés de fora???
Bolama, esta manhã não me encontrou tão afirmativo como tu, antes mais do género interrogativo. e segue:
e tens tu legitimidade para o 'desincentivares'? a quê? e aquele história de cada um bloga como cada qual? ou afinal há um livro de estilo? e se há quem o define? tu? os administradores? há uma tutela aqui? ele/eu/nós não pode então livremente aqui escrever? mas então escrever o quê? o como? e isso estende-se a todos então, presumo, e nesse caso quais as fronteiras da liberdade de por aqui se blogar? elogio o post de cima, simbólico, agrada-me, é 'interrompivo', infere diversidade nos temas que por aqui se propagam, eu gosto assim, há mal nisso? e deve esta minha noção de blog colectivo, expresso em liberdade embora enquadrado no que fundeou a sua origem imperar sobre os demais? ou posso simplesmente dizer que concordo nisto e não naquilo, exprimindo-me livremente, ou é isso fractura, sair do molde, sentir ou fazer sentir alguém de fora?
vês, acordei mesmo cheio de interrogações! (vá lá, uma afirmação)
[igualmente interrogativo]
Bolama:
1 - "...não concordar com o Fulacunda..." é um "problema" Porquê?
2 - Não sendo este, na tua opinião, um espaço onde o Bafatas se possa expressar livremente (elogiado ou não), pergunto: e quais são os limites?
3 - E esses limites, são válidos apenas para o Bafatá? E eu? posso expressar-me livremente? E o Boné? E o Manafá? E o Bonanza? E o Nanza Bo? E o Pedro Venâncio?
4 – Quanto à legitimidade, questiono apenas: porque é que o Fula a não tem? Embirras com o rapaz? É feio? Escreve mal? Cheira mal dos pés? Nasceu no Porto? É engenheiro e tu só aprecias ciências sociais?
Resumindo: Ou pretendes animar o blogue com um cheirinho de polémica e escolheste por ordem alfabética, ou ontem bebeste um whisky com uma pedra de gelo estragado (por vezes também me acontece).
Com estima.
Bom dia!
Creio que a questão central colocada por Bolama é a da não continuidade ou a da não conclusão (pelo menos, a conclusão possível neste espaço)das questões que são colocadas, pelo menos, daquelas mais pertinentes...Nova por aqui, já tinha reparado nisso...estou espantada com o facto de a proposta do João Belo, apoiada pelo fabuloso texto que publicou, um tratado, na verdadeira acepção, de repente, parecer que se desvanesceu no tempo e no espaço, e isto depois de alguma discussão acérrima sobre os assuntos levantados e depois de alguns bloguistas e comentaristas ( como eu) até terem concordado com a ideia de passar a discussão para um cara cara, quiçá mais profícuo...O que se passou, afinal? O que aqui é dito, falado, discutido desaparece no éter, assim, volatiza-se? Quero também dizer que sou completamente a favor da liberdade de expressão...aqui ou em qualquer lugar,mas também sou a favor de alguma coerência...embora tenha achado imensa piada ao post de Bafatá que, embora «interrompivo», acabou por me fazer pensar precisamente nesse «éter» que, atravessando aqueles fiozinhos todos, acaba por volatizar palavras, pensamentos, questões...
maria correia,
a mim não me apetece falar sobre tratados sociológicos e políticos. não é para isso que aqui venho e não é por isso que aqui gosto de estar. venho por exemplo para ler a fabulosa escrita emocional que o joão belo, o mesmo, é capaz de trazer consigo e por vezes aqui depositar, ou os "viveiros" do bolama que me despertam "roupas velhas", entre outros autores que se têm aqui revelado, e que de alguma forma me ligam aos olivais.
quero com isto dizer que para mim neste blog não há "coisas mais pertinentes". há sim coisas que eu prefiro ler e outras que nem tanto. há sim coisas que eu sou capaz de escrever e outras que de forma alguma. e há espaço para todas. acho muito bem que esse tema seja conduzido e aprofundado entre quem se sente para isso motivado. só não admito é que isso inviabilize que outros temas, mais ligeiros, mais repentistas, mais descolados até, e que de alguma forma também contribuem para a essência e a diversidade deste blog, sejam aqui, de alguma forma, condicionados.
Mas estes gajos já estão a amuar outra vez????!!!
Nada disso oh Maralhas! É a adversidade que prova a amizade.
e eu a julgar que tudo se devia à diferença entre "saturar" (verbo usado pelo Bafatá) e "suturar" (o verbo usado pelo Fulacunda)!...
Abençoada "Rapariga ..."!! Chego agora aqui e vejo este despautério - mas está tudo maluco ou quê? Aperta o Inverno? Não dá para perceber que me estou a meter com a gralha do fulacunda? que não quero ser "suturado", ainda que pelo Bafatá?
Vou dar uma volta, quando o bom humor regressar é só avisar. Claro, se não estiverem "saturados". E como olivalense não saio assim sem (Desculpar-me-às "rapariga" e, espero, as restantes meninas) um "da-se" ...
eu até já tinha comentado isto em privado com a rapariga da província ... cof cof. que coisa levada da breca, um gajo a criar a diversidade entre a saturação e a suturação, e a alinhar a fazer de sério para alimentar a tua ironia ... cof cof e acabei por induzir em erro o xaixai ... cof cof
(a culpa foi do maralhas)
Bem, dado que "sutura" pode ser "juntura" que corresponde a ligação e/ou junção. De certa forma se o Blog em geral sutura o pessoal e sendo o blog a soma das partes, as partes também suturam os leitores e consequentemente tanto o Bafatá como o Fula suturam e muito bem, o pessoal
mas espera lá oh Bolama, chamaste-me "gralha"? ai eu sou gralha? não comento mais neste blog até um pedido publico de desculpas, e realçado em post
(afinal o maralhas é que tinha razão)
Ora ainda bem! Afinal, está toda a gente de acordo com a liberdade de expressão...no entanto, referia-me mais ao post de Bolama sobre as «coisas penduradas»,mencionando o tratado do João Belo e a interrupção desse tema do que propriamente às suturas e saturações ocasionalmente introduzidas e que são, concordo, tão válidas como quaisquer outras questões que possam surgir...quanto a mim, manifesto apenas alguma pena por o tema se dispersar, nada mais.
Meu caro,
Como dizes, o tempo é escasso e as responsabilidades imensas.
Vou agora a Madrid de fim de semana, com a mulher e amigos, ver a ARCO.
Depois logo se vê.
A discussão sobre o Bairro (não há outro) é interessante, mas demasiado intelectual (sorry Jonhy B. Good)
Abraços.
Maria, parece de facto um abandono, mas não é, o tema volta um dia destes - o pessoal não resiste e gosta de oscilar entre a maré baixa e maré vazia, uma profunda e outra ligeira (não tenho a certeza qual é qual)
as conversas de escada são assim, vagabundas, e um dia, sem darmos por isso, lá voltam elas.
A azeitona é como as formigas: às vezes muita e outras nenhuma.
Vai um "hóme" todo contente contar à família que agora já priva com Doutores, Engenheiros, Professores, Arquitectos e frequentadores da ARCO em Madrid, para eles fazerem um figurão na tasca do Inácio (que ainda é meu primo) lá na aldeia e descubro agora que foi tudo uma "piada privada" entre vós e que estava sózinho na minha indignação pungente. Óh triste e leda madrugada que me fez nascer para sofrer tal humilhação.
Coisinhos! Não não sou mais, vosso amigo!
Fula: Não fiques aborrecido, eu já tinha aquilo escrito antes de tu colocares o comentário. Não me apercebi mesmo da intenção Bolameira. Para burro não preciso de ajuda! ahahahah!
(olha lá pá, e achas que eu não fui na esparrela antes de ti? ou acreditas em todas as babuseiras - gralhices dizem - que aqui deixo)
bom!
para ti abro uma excepção.
de ti, vou voltar a ser amigo.
mas devagarinho.
e diz aí ao baterista (Bolama) que a ele só lhe ofereço o livro do Chalana gaulês "A Zaragata"
ahahahaha!
Obrigada pelas palavras simpáticas, Timor. Há alguma beleza no aleatório, também. E, enquanto a maré vai e vem, vamos lá apanhando conchinhas...para a colecção! Tenho de confessar que me tenho rido bastante por aqui; além dos bons textos que surgem, há momentos de humor talentosos, como aquele do «vamos lá ficar agarrados á antena» de Fulacunda, creio...
Inhambane tens toda a razão quanto ao conteúdo semântico (também é demasiado intelectual?) do "sutura" - mas é também por esse, para além do literal, que eu me insurgi. Um blog é para ligar, unir? Nao pode ser também para rasgar, confundir? Recuso pois o imperialismo sutural que o Fulacunda propunha - ou então era mesmo gralha ...
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