segunda-feira, 13 de outubro de 2008
ciclos
Comecei a frequentar os Olivais todos os dias quando ainda vivia no centro da cidade.
Foi em 1972.
Entrei para a Escola Fernando Pessoa para fazer o ciclo preparatório.
Horário da tarde.
Tinha de almoçar às 11:30 para apanhar o 31 e, depois de dar a volta a meia Lisboa, chegar à escola um pouco antes da uma da tarde. E ainda tinha aulas ao sábado de manhã.
No ano seguinte passei para a manhã, a escola passou a ser Damião de Góis e tinha de apanhar o 21 ainda o sol não tinha nascido.
Como colega tive a loura que "obrigou" o Fulacunda a passear o cão com uma regularidade pouco habitual.
E fizemos uma visita de estudo a Alenquer, terra natal do Damião de Goes.
Estas fotografias tirei-as em Junho de 1983.
Alguns anos depois a escola foi toda reconstruída.
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29 comentários:
Uns anos antes vim a esta escola assistir a uma produção local do "Jesus Cristo Superstar". O Jesus era loiro de olhos azuis e o Judas (não se notava), tinha metade da suas origens na India.
Confesso que fiquei impressionado com o à vontade de todos eles, eu sempre tive fobia dos palcos.
Eu também andei aqui mas não me lembro do ano, 76, 77?
Giro ver!
Hug, Teresa
Moçamedes, essa "superprodução" foi realizada na nova Fernando Pessoa, e não nesta...
Do que me lembro é de ir ver os ensaios a esta Fernando Pessoa. Não me lembro onde foi o espétaculo em si, mas sempre parti do presuposto de que foi na mesma dos ensaios. Tens a certeza?
Eu vi o espetaculo a que o Benguela se refere na nova Fernando Pessoa. Terao feito duas producoes?
E ja quase nao me lembrava da escola assim! Anos mais tarde, iamos la votar. Nos anos em que passava noites a arengar sobre a importancia de votar, muitas vezes acompanhada pela Rosita e/ou CB, no que foi depois o B_leza (ou ja era?). Sempre gostei de votar e nao me esqueco do desgosto da minha mae por so poder votar a seria ja com 36 anos...
Moçâmedes, foi nesta escola que reencontrei o teu irmão que tinha conhecido em Milfontes.
Lembro-me bem dele a fazer ginástica com umas botas enormes que deviam ser óptimas para a chuva mas nada adequadas ao desporto.
... e lembro-me dele a andar de bicicleta na barbacã, serpenteando por entre as árvores.
Foi a primeira vez que fui a Milfontes, na Páscoa de 72. Fiquei em casa dos PL e dos SL, com aquela magnífica vista sobre o rio Mira.
(oops, parece que me estou a afastar um pouco dos Olivais...)
olha que aquelas botifarras não eram SAPATOS de coisa alguma.
quando muito serviam para trabalhar na Lisnave.
(eram os sapatos de golf do pai)
uau!
parece que te respondi antes de teres comentado.
;-D
com isto dos comentos duplicados, apaguei, tornei a... e já troquei as voltas à sequência... mas também não interessa nada, os sapatos de golfe do pai foi mais tarde... o gaijo passeava-se todo pimpão com uns sapatos três números acima…
Beira, nessa altura tinha 12 anos, também devia lá estar. Só me lembro de ti dos Olivais e uns bons anos mais tarde.
Quanto ao meu irmão, com o jeito que ele tinha para ginástica (desportiva), estar de botas ou de ténis não devia fazer diferença nenhuma.
e eu também só me lembro de ti uns anos mais tarde nos olivais.
lembro-me dele pois a figura que fazia nas aulas de ginástica eram inesquecíveis.
e porque em milfontes atirou a bicicleta para o fosso e a seguir foi lá buscá-la.
ahhh... ia-me esquecendo...
seja bem aparecida cara Teresa R.
como vão as coisas pela escandinávia?
Também lá andei...foi bom rever a escola tal como era...lembro-me bem das paredes brancas com os barrotes escuros...creio que foi por lá que comecei a cimentar o meu gosto pela escrita. Era muito boa aluna a Português...na Matemática é que as coisas corriam pior. Estranhamente, lembro-me do nome do professor de Matemática: Ivo Cruz. E não me lembro do nome da professora de Português. Ia a pé para a escola todos os dias. Atravessava o tal caminho que hoje não existe e que foi substituído pela muralha de betão. Era uma época em que se chorava quando chegavam as férias de Natal e da Páscoa, por querer dizer que a turma se ia separar. Lembro-me bem dos rostos de algumas colegas...Algumas delas seguiriam depois para o D. Dinis, como eu.Na altura, esta antiga FErnando pessoa parecia-me enorme...os pavilhões, o ginásio, e de como tudo ficava ainda maior nas desoladas tardes de chuva, no Inverno. Tínhamos Religião e MOral, ainda me lembro da professora, que era também catequista; na altura, era disciplina obrigatória. Aprendi muito com essa professora, apesar do meu pendor, já, na altura, pouco católico. lembor-me do «toque» para as aulas e de como corríamos para não chegar com atraso à aula. Que será feito dessa gente toda? A escola, bom, já não existe, pelo menos como era nestas fotografias. E desde que entrei para o D. Dinis que nunca mais lá fui. Foi bom revê-la, aqui. Obrigada!
no dia 25 de abril de 1974 era por aí que andava. deve ser por isso que ainda hoje é aí que vou votar
(ou então porque não me dei ao trabalho de actualizar o cartão de eleitor, o que seria uma justificação muito menos poética e que não ficaria bem avançar neste blogue)
tudo óptimo Beira, hoje está um solinho fabuloso para aproveitar bem!
sim, já fazia um tempo que não espreitava aqui, gosto de saber que estão bem, continuem assim,
o meu filho faz 18 anos amanhã, depois mando-te umas fotos,
sou uma mãe muito orgulhosa ;-)
Beijo, Teresa
Também eu fui marcado por esta escola.
Paradoxalmente, nunca lá pus os pés...
Já aqui contei a estória, mas como foi há mais de 10 anos certamente que ninguém se lembra.
Um ou dois meses antes de retornar de Angola, em 1972, o meu pai pediu ao dele que providenciasse a minha inscrição numa escola dos Olivais. O meu avô, lisboeta de alguns pergaminhos, considerou que aquele conjunto de barracões, não eram dignos do seu neto primogénito e decidiu fazer um desvio até à Av. de Roma para me inscrever na Eugénio dos Santos.
Para quem tinha acabado de chegar de Luanda, não foi provavelmente o melhor contributo para a minha integração. Valeu no entanto a sorte de ter tido por vizinho um “bacano” da minha idade com quem partilhei o início da minha adolescência e que aqui todos conhecem como João Belo.
Do que a minha memória ainda guarda, confirmo a versão do Bengas quanto à representação do Jesus Cristo Superstar. Foi na Fernando Pessoa nova e aconteceu em Maio de 1977 (assim tão convicto, arrisco-me a que ninguém me conteste…)
P.S. Este post é a verdadeira essência do blogue. 5 estrelas, Beira!
À medida que vou olhando a foto vou identificando territórios: na foto de cima, no canto superior direito, a casota mais distante portanto, era o gabinete do Director - o Prof. Abreu (já explico porque me lembro do nome)
No primeiro ano ainda lá fui apanhar umas reguadas. No segundo ano, por finais de abril, foi de lá que o vi saltar com uns valentes pontapés no rabo ao som de um "oh abreu, oh abreu, ... coiso e tal, acho que era uma musica revolucionária da qual não me lembro da letra agora).
Foi aqui, e assim, que vivi e assisti aos primeiros momentos revolucionários
Belas fotos! Eu fui em 1977 para a Fernando Pessoa (nova), mas conheci a escola aqui fotografada, fui lá algumas vezes (poucas) com amigos. Eu era um gajo do Norte, por isso um bocado longe para excursões....
Dacosta
Havia director?
Nunca dei por isso.
ele há putos que sempre foram bem comportados Beira
Eu andei nesta Fernando Pessoa em 72 e 73 e estreei a nova em 74 com direito a revolução\contaminação... talvez por isso, voto sempre na actual Fernando Pessoa. E a Cena do Super Estar, cá para mim foi em 76... ou 77???? isto porque também me passei lá pela ribalta a fazer de figurante... (para ser mais preciso, passei um bom bocado sentado lá pelos fundos vestido não sei bem de quê!)
fula, então estivémos lá os dois...lembras-te que os alunos que iam ao seu gabinete, antes de abril, vinham de lá todos encolhidos de reguadas e outros correctivos (ah, tu eras um deles, coitado!). e lembras-te da manifestação que fizémos para ouvir o discurso do spínola?
xai xai,
devias pensar em postar certos comentários.
e o teu avô tinha razão e tu só percebeste anos mais tarde quando resolveste regressar às avenidas novas para melhorar os estudos.
e agradeço as cinco estrelas (desde que não me obrigue a room service 24 horas por dia)
a sugestão de postar comentários não é só para o xai xai!
eu cá acho que os srs. administradores do blog deviam transformar alguns dos comentários em posts, à revelia dos seus autores, cuja preguiça é notória, eheh...
e será que ninguém é capaz de convidar a Maria Correia para o Olivesaria?
Bom dia, Rapariguinha Que Vinha Da Província! Obrigada pela sua simpatia...há uns tempos já que por aqui não passava, mas é sempre bom voltar! Apesar d enão vos conhecer, é um pouco como se estivesse em casa...as minhas memórias mais profundas são quase todas dos Olivais, por vezes, uns Olivais míticos, aureolados pela bruma que tudo evoca, vívido, no entanto, apesar da distância no tempo. O post com a Fernando Pessoa despolotou uma série de recordações, que pensava enterradas no esquecimento, mas que,estranhamente, saltam ao espírito como se fosse ontem. Cada vez mais estou de acordo com Brel, quando cantava «on oublie rien, de rien, on s'habitue, c'est tout». Obrigada, mais uma vez!
Eu sou muuuuuito mais nova (cof cof)! Já entrei para a actual Fernando Pessoa (em 73). A minha irmã é que ainda andou aqui e lembro-me que nas minhas primeiras eleições foi aqui que vim toda ufana "botar" o meu voto!! :)))))
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