domingo, 25 de janeiro de 2009

comércio nos olivais

comércio tradicional

Vendedores ambulantes asseguravam aos habitantes pioneiros,o abastecimento de bens alimentares.
João H. Goulart (Arq. Fotográfico Municipal de Lisboa)
in À Escala Humana,
João Pedro Silva Nunes
E não só, acrescento eu. Repare-se na Fascinante roulotte no canto inferior direito da foto…

comércio modernoSupermercado Pão de Açucar nos Olivais, Lisboa, 1977.
Vasques, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Sugerida por Marco Oliveira (João Belo III)


comércio... p'rá ressaca Farmácia na Rua Cidade de Quelimane
João H. Goulart (Arq. Fotográfico Municipal de Lisboa)
in À Escala Humana João Pedro Silva Nunes

por: Xai-Xai

sábado, 17 de janeiro de 2009

há bocados dos olivais ...





















... que chegam ao Algarve

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

fazer eco

... deste APELO

(aos participantes neste blog peço desculpa pelo abuso)

por

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

mar e rocha que podiam ser dos nossos‏

As horas voavam e, como sempre, Marilu seguia em passo apressado para não perder o 21, essa era sua sina, chegar sempre às últimas e perder a chance de agarrar lugar sentada, amanhã haveria de ser diferente, jurava com a mesma força e certeza de tal não acontecer. Chegado o autocarro à paragem, lá se arrastou com a carneirada em passo de pinguim, entrou por onde e como pôde, mais não desejou que qualquer coisa a que se agarrar com uma das mãos, que a outra serviria para lhe facultar a leitura para viagens como aquela, assim, quase sempre assim, fazia Marilu o percurso Av.de Berlim-Rossio que a havia de levar ao escritório. Naquela manhã, embrenhada que estava em leitura de conto de amor, levou tempo a aperceber-se que o inicialmente leve toque em partes suas, por trás bem se vê, se repetia numa cadência que não deixava margem para dúvidas, num crescendo de quantidade, qualidade e pressão, a coisa era propositada, invulgar e bem feita. Refeita do choque da descoberta que lhe distraía a leitura e, pior que isso, a trazia numa polvorosa húmida, que mais que preocupá-la a fazia engasgar em seco, deixou a coisa arrastar-se até ao ponto em que mais não, tal foi após ter gozado uma doce e violenta descarga eléctrica que lhe percorreu as entranhas e ecoou num gigante gemido interior de que não tinha memória em si. Sem aviso, que a coisa não era pública nem de requerer tais atenções, espetou uma cotovelada fortíssima no parceiro de trás, juntando à falta de aviso no gesto, a cirúrgica aplicação na força e local, como aprendera num prospecto de ginásio de Krav Maga, e que tomara por certo e seguro ser de uma inutilidade a toda a prova. Puro engano.
Alberto, Rocha de apelido, seguia sossegado em sua viagem, assistido pelo fiel parceiro de sempre, um lindíssimo Golden Retriever, com artes e conhecimentos de geografias citadinas, com lealdades e solidariedades tais que dele faziam um cão guia de truz! Foi pois como um raio que recebeu aquela descarga de cotovelo, que por pouco não o prostou de borco, dando-lhe que fazer nos dez minutos seguintes, qual fosse a tarefa de tentar reencontrar espaço para conseguir respirar, não ver era uma coisa, não meter ar ao bucho outra totalmente diferente e que não ia lá com cães-guia. O cão, esperto como só os cães das histórias sabem ser, apercebeu-se de imediato que o dono carecia de um amparo extra e, ainda que contrariado, viu chegar a hora de terminar suas focinhadas carinhosas pelo entremeio daqueles jeans com aroma a pecado e algum tesão. Chegou-se ao dono, que de imediato deu sinal de trela que a coisa era de estar sossegado e por ali, pois que alguém mal lhe queria, já que pelo menos a carteira não o era.
Chegada a viagem ao Rossio, vendo o personagem de bengala e cão ainda um pouco combalido, Marilu esqueceu pressas e correrias e cedeu uma mãozinha de solidariedade, ajudando-o a desenvencilhar-se por entre a turba formigueira e mais rápido chegar ao ar livre que lhe parecera o homem necessitar. Acabaram por dividir atenções um pouco mais, num café tomado no quiosque ao lado da paragem dos táxis, e onde nenhum dos dois resolveu trazer à colação as estranhas incidências na viagem acabada, limitando o assunto ao frio que fazia e a perguntas e palpites acerca da vinda da chuva ou não. O Golden, semi cabisbaixo, questionava-se se porventura sobraria para ele, tal era a capacidade detectivesca do Rocha seu dono, e palratória da moça cheirada, que ali sorvia o café por entre uma conversa sem nexo. Chegaram as despedidas, de alivio para uns e tristeza para outros e partiram, cada um a seu caminho, que a vida custa a ganhar.
No dia seguinte, Marilu, acometida que fôra por uma insónia que a não deixara dormir e a que não era alheia uma investida cadenciada em partes suas a que vinha dando pouco ou uso nenhum, saiu cedo cedinho de casa, chegando pela primeira vez à paragem a horas tais que à chegada do autocarro estava ali perto da frentinha da fila mesmo, o que veio a ter o nunca visto resultado de conseguir lugar sentada. Ainda mal refeita da conquista, subia o veículo os primeiros metros da longa subida até ao shopping, à esquerda o cemitério ficava para trás, olhou ao lado e não sem surpresa e o seu quê de emoção reencontrou o cego da véspera, já ele se apercebera que ela chegara, o cão também, que nisto de olfactos a coisa piava fino e o perfume dela não era coisa de passar despercebido, outros cheiros mais escondidos também não, dono e cão em sintonia.
- Desculpe, nem me apresentei ontem ... Maria de Lurdes, ou Marilu, mas os amigos chamam-me Mar, como se mar houvesse por estas terras de olivais ...
- Que prazer, Alberto, ou Beto, mas os amigos chamam-me Rocha ... e rochas olhe que sim, que as há, por entre oliveiras e muros aqui do sitio
- Engraçado ... fica-lhe bem . E o cão, o seu cão, como se chama?
- É o meu guia ... chama-se Mexilhão, era para ser Brisa, mas não quis confusão com o rio, o tejo, se me faço entender!
A viagem decorreu em animada cavaqueira, o Rossio chegou em três penadas quem diria, desta vez não houve incidentes, para tristeza de um e uma, gáudio de outro. O cão, esperto como só os cães das histórias sabem ser, sentiu algum remorso e leal desconforto ao perceber-se com novo papel no dito popular, substituída foda por culpa no momento de Mar bater no Rocha, e tudo por farejados cheiros nela ... em sonhos desejados, à evidência negados e afinal atreitos a finais de falta de ar colectivo!

Bafatá

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Em varejando bem

... lá acaba por nos cair nas mãos mais uma azeitona!















O Ricardo Cabral é autor de banda desenhada, ilustrador e tem um belíssimo blog (de onde foi extraída esta ilustração sobre lisboa) ... e aqui também*.

* acrescentado após alusão nos comentários deste post

Ainda que razoavelmente mais novo que a maioria dos frequentadores deste bairro, perdão, deste blog, será que alguém o conhece?

E vai mais um para a coluna dos links.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Em busca do arco-íris


Ao chegarmos à rotunda do relógio encontrámos, eu e o Apicultor, um arco-íris muito forte, quebrado em dois. Viemos encontrar uma das metades já dentro do bairro. Fez-nos bem este gesto de perseguir um arco-íris. Apetece-ne colocá-lo como expressão dos melhores desejos para o ano que começa.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

portões que vale a pena abrir...


© violeta figueiredo e pedro morais