quinta-feira, 26 de novembro de 2009

as festas de sábado à tarde

Não há muito a dizer sobre elas, já que aqui me escuso a evocar os tremores dos primeiros namoros que por elas se semeavam, que esses sim, poderiam facilmente escrevinhar largos capítulos de uma sequela sem fim. A rotina era quase sempre a mesma. Entravamos pelas festas adentro arrogados de valentões. Depois comíamos, bebíamos e dançávamos espaventosamente, sem que nenhum miúdo mais destemido nos interpelasse. Marcado o território retirávamos então em glória, foliões, deixando um rasto de ruído alarve. Eram assim as nossas pândegas de sábado à tarde, quando tínhamos a sorte de encontrar uma festa desabrigada. As tardes menos boas eram quando os mais velhos entravam pelas nossas festas adentro, arrogados de valentões, até delas saírem saciados, deixando atrás de si um rasto de ruído alarve.

por Fulacunda

12 comentários:

pampam disse...

com a idade o território alargou-se e as festas passaram a ir pela noite dentro.

Fulacunda disse...

... e os mais velhos deixaram de ser mais velhos!

pampam disse...

e os mais novos deixaram de ter interesse

Fulacunda disse...

nem todos. alguns (estranhamente) cresceram.

Anónimo disse...

só ficou o ruído alarve?

Respeitosamente,
manafá

maria correia disse...

...a certa altura as festas passaram a começar sábado à tarde, passaram a começar à sexta-feira, prolongavam-se noite dentro, madrugada, e parecia que o tempo não chegava para tanta euforia...então, as festas de sábado à tarde prolongavam-se ainda pelo sábado dentro, iam céleres até à madrugada de domingo. Belas festas. Grande euforia. Pouco ficou disso...

jpt disse...

Prezados bloguistas
Como visitante assíduo deste interessante blog permito-me deixar ligação a um texto num blog que poderá ser de algum, ainda que menor, interesse para os frequentadores deste espaço

Cumprimentos

http://ma-schamba.com/antonio-botelho-de-melo/os-olivais-e-as-sereias-mocambicanas/

Anónimo disse...

Não é sobre essas festas, mas é sobre uma festa. Disse-me um olivalense que outro olivalense, o Afonso Melo, lança nesta quinta-feira, no restaurante indiano da Rua do Norte, no Bairro Alto, um romance novo no qual fala dos Olivais. É pelas 7 da tarde. Eu, olivalense, vou passar por lá. E ao que saiba muitos outros também...
BRISA DO TEJO

JPN disse...

aproveito esta janela para desejar um grande 2010 para todos os que escrevem e que por aqui passam a ler a Olivesaria!
abraços
João Belo

Anónimo disse...

Your blog keeps getting better and better! Your older articles are not as good as newer ones you have a lot more creativity and originality now keep it up!

Fulacunda disse...

Apenas para relevar o significado do comentário anterior: isto é o reconhecimento internacional!!!

maria correia disse...

Bom Ano a todos!

Parece que o blogue morreu...temos de o ir enterrar ao Vale do Silêncio para que depois ressuscite ao terceiro dia, lá para a Primavera, I presume...