quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um elogio dos cadernos num belo texto Francisco José Viegas sobre o prazer da escrita à mão. Isso tudo a propósito do encerramento da Papelaria Fernandes. Mas para a gente do bairro o significativo é a sua invocação do nosso Miguel Bastos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá,
será que ainda alguém aí está vivo ....!!
infelizmente o Miguel Bastos não está mais ! e me dá muita saudade, dele e de todos os meus queridos que se foram.
voltando ao presente, que se passa? ...perderam a voz, o interesse nos olivais e suas memorias? agora que eu Vos li de alto a baixo descobri o silêncio.
será que ainda mora aí alguém ?
do outro lado do atlantico de terras de vera cruz vos saudo

Anónimo disse...

sou eu,
a maioria me conhece e sabe que sou "um pouco de extremos". O estupidificante hábito de produzir determinadas mensagens escritas no maravilhoso mundo do trabalho e a minha natural falta de dom para a escrita perdoa o meu anterior comentário telegrafico.
Na verdade, já vi o Miguel nas ruas em que caminhei pelos países onde passo.A sombra e a marca da imagem de um corpo longilíneo, de gabardine, com um andar solto me confundem. Ainda sinto a mão do Tininho pegando na minha quando conversámos a ultima vez . Jamaís vou esquecer os olhos , o espirito, a bondade e a força de viver do meu Irmão Pedro. Também não esqueço todos os outros com que passei tempos muito bons e umas vezes -mbons mas que sempre recordo com s., e que agora são só parte da minha memória. Para mim, estes últimos dois anos foram muito verdadeiros no sentido do sentir a perda. A espuma do mar que quando era criança sempre desapareçeu nos meus dedos mas voltava, agora parece que nunca volta.
Quando falo do presente é por que gostava de vos ouvir , escutar. Tenho saudades das nossas conversas, mas na impossibilidade fisica tenho ainda mais saudade de vos ouvir vivos a conversar neste “som” que vos trouxe até mim e penso que a muitos outros.
Alguns textos que tive o prazer de ler, como quem “escuta”, me transportaram anos atrás coisa dificil de fazer sozinho. Os primeiros amores, os primeiros temores, as primeiras (de muitas) ”loucuras” , gestos de audácia adolescente que sempre me deram a sensação de ser imortal. Essa sensação nada nem ninguém, jamais nos pode tirar. A minha foi vivida nos Olivais !
Saudades de todos os que conheço e estendida aos que não conheço ( pois neste blog tenho ainda dúvidas sobre quem é quem , mas para isso servem os pseudónimos na génese do blog)

fico à espera do vosso "som" (algumas fotas ajudam mas não fazem a diferença).
PL