domingo, 17 de fevereiro de 2008

Palavras Preferidas

O jpt, do simpático ma-schamba (o qual presumo ser um olivalense de gema) lançou-me,e a vários outros, o desafio de escolher 12 palavras. São elas: Bolama; "Rua"; Ferrador; vinte-e-um; Viveiros; brunhol; resfumenga;sanjo; cave; Pão de Açúcar; chavalo; maracangalha.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Nomes ainda disponíveis


(sempre tive a curiosidade de saber qual seria o aspecto visual das terras que deram os nomes às ruas do nosso bairro)

Timor


© google_maps...(clicar para ampliar)




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(sempre tive a curiosidade de saber qual seria o aspecto visual das terras que deram os nomes às ruas do nosso bairro)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Vila Pery (Moçambique)



© google_maps...(clicar para ampliar)



Vila Pery passou a chamar-se Chimoio.
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(sempre tive a curiosidade de saber qual seria o aspecto visual das localidades que deram os nomes às ruas do nosso bairro)

serviço público

Terá sido talvez há mais de 4 anos que descobri os blog’s, então chegado na esteira de saborosas palavras amigas. Depois, quase acidentalmente, acabei por criar um, e isso fez com que me tivesse aproximado mais da escrita e dos autores que na altura proliferavam por esta blogosfera. Fui dessas visitas coleccionando alguns sítios pelos quais passei a investir nas minhas voltas matinais, e ao lado do primeiro fui juntando aos poucos uma dúzia de blogs que faziam então parte das minhas preferências. Os blogs são efémeros, e parte terá já desaparecido, mas felizmente nem todos, e continuo a poder manter acérrimas visitas ao primeiro blog que visitei, e a este outro: A memória inventada, (ali na coluna da esquerda, também). É notória a qualidade da escrita do Vasco Barreto, mas foi principalmente uma rubrica que o mesmo alimentou em tempos no seu blog, associada a uma narrativa futebolística das suas memórias de miúdo - e sob a qual escreveu exactamente 100 post’s - que me levou quase alienado nas viagens pelos Olivais do nosso tempo, razão essa porque aqui o destaco.

Rapaziada (as meninas que me desculpem, mas o tema futebolístico quase me obriga a este tom exclamativo), recomendo vivamente que beberiquem estas histórias da “a bola no olival”. E permitam-me dois conselhos: mergulhem naquilo de baixo para cima para lhe seguirem a ordem cronológica (se bem que, e apesar de alguma sequência narrativa, esta até nem será muito importante) mas, sobretudo, folheiem-no como um livro, vagarosamente.

Vá, tudo aí alinhadinho com a antena


dublin, 2006

À boa cabeça nunca faltam chapéus.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

themes & bloggers !!!


Por várias razões (e também bloguísticas) tenho andado fora daqui - alguma responsabilidade no silêncio que o Fulacunda lamenta. Mas há coisas penduradas: a discussão sobre o bairro que o João Belo animou - e discordo com o Fulacunda, acho perfeitamente actual falar sobre ... O problema é que o texto que ele aqui deixou é um tratado - de muita coisa, não só dos Olivais. Um tratado sociológico, político, de activismo cultural. Falar sobre ele exige tempo - está a faltar.


Depois há uma porrada no João Belo que não dei - sobre o "mandar bocas". Ou seja, sobre a censura de estilo, o espartilhar do registo de raciocínio. Aqui falta tempo mas acima de tudo dia de verve.


E há os Viveiros, que foram interrompidos.


Finalmente, como administrador. Onde estão os convidados para colaborarem? (Já nem falo de alguns caros co-bloguistas, expostos na coluna da esquerda, dos quais não há notícia)

Toponímia e Iconografia

Sobre esta entreposta e a sua, bem-humorada, acusação de neo-colonialismo à iconografia urbana que baseia a toponímia dos Olivais-Sul que o Beira tem vindo a apresentar (e em boa hora):

Nas minhas andanças tenho visitado alguns dos lugares agora evocados. Delas tenho bastantes registos fotográficos e, escassos, em postal ilustrado. Mas é por ter opinião exactamente inversa à do Fulacunda que aqui não as coloco, nem mesmo como adenda ao que o Beira vem fazendo.


Com efeito é exactamente esta iconografia apresentada que funda a toponímia olivalense, um conjunto de cidades coloniais (largas, arejadas, centradas num conjunto de edifícios públicos, rodeadas de zonas residenciais planas mais ou menos padronizadas) do qual são retiradas - enquanto objecto iconografável, público(ável) - as zonas residenciais da população africana (algumas, escassas, em alvenaria, os "bairros indígenas"; a maioria em material perecível - o "caniço", o "musseque"). E ainda mais, as próprias representações das populações urbanas centram-se nesta dicotomia, por um lado alguma presença humana dos europeus e dos seu artefactos (seja de lazer, seja de locomoção, seja de comércio) e o esvaziamento africano (à excepção de uma ou outra figura típica - o cipaio, o riquexó). Sobre esta dicotomia na concepção das urbes coloniais se houver algum arquitecto interessado há uns textos válidos do Arq. Miranda Guedes (Pancho). É pois não só um urbanismo baseado numa específica concepção do mundo e das relações entre as populações coexistentes (uma ideologia se se quiser) como também uma produção iconográfica dela emanada.


E é esse urbanismo e essa visão que está consagrada na toponímia olivalense. Foi essa realidade urbana, sociológica, política, transposta nestas imagens, que fundou a toponímia colonial dos bairros da capital imperial contemporâneos do efectivo esforço colonizador em África (pós 1950) e, inclusive, da mobilização das mentes em tempo de guerra - os "locais", consagrados no quotidiano residencial, nos Olivais-Sul; os "heróis caídos em combate", recordados no quotidiano residencial, nos Olivais-Norte.


É uma era da história do país. Colonial, e nessa condição perfeitamente coerente - a sua lembrança poderá ser historiográfica ou, como aqui, memorialista. Uma escorregadela neo-colonial seria, em meu entender, ilustrar a toponímia desse período com uma iconografia actual - claro que as cidades são as mesmas (ainda que muitas com nome diferente). Mas são também, sociologicamente outras. E, até, urbanisticamente outras. São, portanto, as mesmas mas também outras. Nesse sentido recuperá-las hoje para ilustrar o ontem, seria denegar uma ruptura naquela coerência ideológica, esquecer a história - inscrever uma coerência de projecto, uma teleologia, onde já não está.


Outra coisa, outro projecto, será o de "como será hoje aquela realidade?". Não as cidades que nomearam as nossas ruas, mas em que se vão transformando as cidades que nomearam as nossas (antigas - que também nós nos transformámos) ruas. Sabendo, de antemão, que as câmeras de hoje são menos centradas, o "olho-de-boi" mais livre, as urbes - já de si agora tão diferentes - muito diferentemente retratáveis.

(releio isto, a virgular - ficou assim com um toque doutoral. Desculpar-me-ão, já hei-de escrever um post cheio de palavrões a ver se recupero algum crédito)

Bafatá (Guiné)


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Interessante a arquitectura de influência árabe desta localidade.
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(sempre tive a curiosidade de saber qual seria o aspecto visual das localidades que deram os nomes às ruas do nosso bairro)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008


© JER

Província (Portugal)















(sempre tive a curiosidade de saber qual seria o aspecto visual das localidades que deram os nomes aos bloguistas deste "bairro")

entreposta

[Esta posta de texto tem por único intuito intervalar a série de georetratos que aqui se têm vindo a reproduzir. Pois se é cada vez mais calada a natureza deste blog, não é menos verdade que o têm pincelado de avivados tons neocoloniais (não haviam fotos mais recentes beira?) estas tão etimológicas fotos … E agora, abafando este berreiro (tão impróprio como uma alheira num prato de salmão) para de novo respeitar o cerimonioso silêncio, e ainda assim, arrisco-me a deixar o mote para prossecução desta série retratista com o seguinte desafio: venham de lá então as vistas aéreas do maracangalha]

Lourenço Marques (Moçambique)


© google_maps...(clicar para ampliar)



Lourenço Marques é a antiga designação da actual cidade de Maputo, capital de Moçambique, tendo sido capital da então colónia portuguesa entre 1898 e 1975.
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(sempre tive a curiosidade de saber qual seria o aspecto visual das localidades que deram os nomes às ruas do nosso bairro)