terça-feira, 22 de janeiro de 2008

De fundamentalismo em fundamentalismo…

Esta história do tabaco dá-me cabo do sistema.

Mandam o pessoal deixar de fumar em sitio fechados, mas as infra-estruturas pró pessoal se auto-mutilar nem sinal delas. O que eu quero dizer com isto é que é igualzinho ao que se passa quando se fazem grandes centros urbanos no meio da cidade e se esquecem de criar suporte logístico que os apoie.

Ora bem, vamos a ver se é desta que eu consigo explicar a minha revolta. Há duas vigas mestras a suportar a minha esta minha raiva e são elas:

Saio de casa e os passeios estão cobertos de uma nova matéria. Em vez da pedra da calçada há agora um mar de beatas (bia, grita alguém) que a cobre na sua quase totalidade.

É impressionante…

Com certeza que tudo isto foi largamente pensado e já há uma máquina qualquer que, enquanto dormimos, silenciosamente vai apanhar este novo resíduo e aproveitá-lo para um novo e nada poluente combustível.

Digam-me, por favor, que isto é assim…


Passear já não é a mesma coisa. Há, neste campo, também um novo conceito no que toca ao vulgar passeio. Fazer uns meros 500m, por exemplo na Av. 5 de Outubro, (que é com certeza um espelho do que se passa por toda esta nossa terra à beira-mar plantada) é sermos bafejados (e o termo é realmente este) de 3 em 3m por uma nuvem branca/cinza e morna acabadinha de sair do pulmão de alguém que está a morrer de frio e a fumar à porta do seu escritório, em vez de estar a dar cabo das facturas que estão em cima da sua mesa (ia dizer secretária, mas pode sempre dar origem a más interpretações). Podemos sempre ir para o meio da estrada e então sim, as vítimas mortais causadas pelo tabaco iriam aumentar consideravelmente.


Ideia brilhante em jeito de conclusão, arranjem-se uns cinzeiros grandes e coloquem-nos dentro dumas redomas de vidro – tipo tubo com cerca de 1,5m de diâmetro e 3m de altura, haverá uns um bocadinho maiores para os mais gordos ou para os que gostam de ir aos pares, onde o pessoal vá, à vez, fumar - deixam de haver beatas no chão, o fumo é canalizado para cima em vez de ser na cara dos transeuntes (sempre gostei desta palavra) e os fumadores não terão tanto frio… quando chover é que vai ser um problema… chamem lá um engº para resolver isto, s.f.f.

Ufa!

3 comentários:

Rua Cidade de Inhambane disse...

ehehe tens razão Lobita. Acrescento a dificuldade em ler, enquanto fumo leio sempre um pouco, hoje em dia é só gente a conversar e eu não me consigo concentrar.
Mais, dificilmente se passeia na rua, não por causa do fumo mas devido ao enchente de seres que rondam as entradas dos escritórios.
Noto que há cada vez mais humanos a tentarem deixar de fumar ( eu sou uma delas) e a comprarem comprimidos (receitados pelos médicos)q não são comparticipados e custam uma pipa de massa.
Então eu digo, impõem regras, aplicam multas, mas não ajudam o desgraçado que tenta deixar um vicio que é mesmo vicio. Bem que podiam participar nos medicamentos com o resultado das multas aplicadas!!!

Lourenço Marques? disse...

Tiveste bem, Lobita!

Beira disse...

Já vi uns tantos a arrumar carros e a cravar tabaco...

a coisa está difícil!

:-D