Estava eu aqui a pensar em como aquele pedaço de mar a esgueirar-se pelo fundo da foto do post da Lobita me fazia voar e de repente - porque não sendo o bafatá, nem Ícaro, se voasse em trabalho só se da janela deste velho teatro fizesse um lopping encorpado com mortal literal à retaguarda - tudo aquilo que vejo ou que sinto se resume a esta etiqueta, ou marcador, ou seja lá o que for, "Gajas Giras". Não é post marialva este, nunca bati sarapitolas em grupo, sempre achei isso uma artesania do sujeito, do próprio, cada um com
soi même, um dia havemos de falar disso, se para tanto me sobrar o engenho, a arte, e a coragem, claro. É mesmo uma obsessão momentânea, compulsiva. Agora não consigo deixar de pensar em Gajas Giras. O meu chefe está a olhar para mim, a pensar que eu estou a trabalhar que nem um cão e ainda por cima feliz, com os dentes para fora, a sorrir, e eu sem conseguir deixar de pensar, gajas giras, gajas giras, gajaaaaaaaaaaaas giiiiiiiiiraaaaaaaaas. E nem estou com
falta de carências. Foi um ar que apanhei, qualquer coisa que comi, que vi. Já nem sei quem inventou este marcador, nem estou para ir lá atrás ver, mas há tipos que merecem ser felizes pela felicidade que nos dão e a mim aquele gajas giras é simultaneamente épico, catártico, lirico, resumindo, que estou mais para pensar em gajas giras do que em estar aqui a encher
linguados digitais: os Olivais podiam ter a petroquímica, a aldeia dos macacos, o gordo e os candeeiros, porrada às sextas-feiras nos Pobrezinhos, mal viver durante a semana nas esquinas do Tó e do Cheira Mal mas tinham o maior viveiro de Gajas Giras que eu já vi na vida. Algumas até cresciam em quartetos deslumbrantes dentro da mesma casa. Quem nunca teve um delírio de espírito com aquelas mocetonas lindas que moravam no inicio da Bafatá? Um dia a mais nova olhou para mim uns dez segundos que fosse, está bem que ela morava em frente do meu primo e ao sair de casa tinha forçosamente de me cumprimentar, e foi tal a faísca que se produziu dentro de mim que eu fiquei duas semanas sem sair de casa, a chá de ébano com hortelã, poejo e coentros. E o que dizer daquelas quatro princesas germânicas ali ao dobrar da Catió com as terras do Fulacunda? Loiras, morenas, com ar nórdico, eslavo, oriental, as raparigas dos Olivais eram lindas, modernas, atrevidas, faziam dos nossos dias ( e noites, aquela claridade lusco fusco da luz amarelada dos candeeiros do bairro elevava-as a um olimpo terreal) vidas a sério. É claro que também havia gajos giros, eu por exemplo que sempre fui muito mais uma oliveira enxertada com um plátano andante para sonhar com as gajas giras inspirava-me muitas vezes nos gajos giros e pintas como o bafatá, o xico, o matos ou o manuel amorim, não sei porquê, se fechasse os olhos e imaginasse que andava como o matos, que tinha aquele ar louro balsé do amorim, a tez bronzeada do xico ou as piadas do bafatá, as gajas, as gajas giras, mesmo em sonhos, olhavam-me de outra maneira. E agora vossas excelências coloquem lá aqui os pixels da gaja gira que se vos aprouver! E se houver por aí platónicos como eu, deixem-se enredar pela fantasia de que são um daqueles pintas podres de giros que à sua passagem deixavam soltar uma sinfonia de ais juvenis. Ah, e bom fim de semana que agora o patrão sou eu!
13 comentários:
O que teu queres sei eu...
Foda-se Belo .... belo és tu a tergiversar assim !!!
PS: Vou perguntar ao Benguela o que é tu queres ! Acho que ele sabe !
PSII: Sai-me sempre um cab ... dum 'foda-se' ... quando sou apanhado desprevenido. E este post com este titulo ... levou-me a pensar que .... Que o que o Belo queria sabia eu ! Mas não !
Bengas ??
Tá bem abelha!
Este post deixou no ar um cheirinho a "Ó! tadinho dele, anda cá e toma lá um ombrinho".
Se bem me lembro, o ar de cachorrinho abandonado tinha bastante saída...
fantástico! um bolero blues olivalense...
Lobita: Saída ? Mas o rapaz estava mais era para entrar ! Acho eu .. não sei o que pensará o bengaboy !!
eheheheh! o que para aqui vai! eheheheh!
A Lobita tem razão, o ar de Calimero também tinha muita saída.
Bengas, o que eu quero sabes tu bem! E dia 18 vai ter um cheirinho disso lá para o Music Box! Vê lá se apareces...
Olá
Falando em music box, hoje vão tocar lá os hipnótica cujos membros alguns são dos Olivais, zona da policlinica... vai aparecer pessoal dos Olivais, eu inclusive...
É às 23:30....
Apareçam
Gajas giras...Ai Bafatá, Bafatá...!
Pois, J.B... Bafata,viste crescer lindas crianças tornarem-se belas mulheres...Sonhava com a ultima casa Bafatá ao cimo da rua, quando desces ao povoado...?lindas mocetonas!!!
Tv. do Carmo, sol, muito sol...
Uma Deusa morena caminhava na minha direcçaoooooo...!!! Iluminava a rua á sua passagem as cabeças viravam...Completamente alheia...vejo-a dirigir-se a um puto da rua sujo...que tentava subir ao xafariz de pedra para beber água...Pega ao colo o puto ajuda-o a subir e brinca com ele uns minutos, a troca de olhares entre eles...os segundos que passou os olhos por mim...prega-me ao chão, acho que me desfiz em milhões de pedaços de materia... acompanha-la...não me consegui mooooooover...Há mulheres que nos deixam a bater mal...mas abençoadas!!!!!!!!!!!!
Só em sonhos JB...
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Bom Domingão!
Olvais.
Tens razao Joao Belo, tambem havia uns gajos giros. Um dia destes organizamos uma conferencia feminina para debater o assunto (pela milesima vez pois os tais gajos giros nao passavam despercebidos e alguns andam aqui pelo blogui).
PS - continuo sem acentos
Olivais disse...
Por onde andará esta Deusa?!!...
Olivais disse,
EH! com caraças...!!
Descobro-a mesmo aqui no blog RCBafata...email e tudo...Será visão??!!
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